Micropigmentação capilar é cada vez mais buscada
Muitos homens e mulheres sofrem com a falta de cabelo e as falhas no couro cabeludo. O medo de ficar careca leva boa parte daqueles que têm este problema a procurar especialistas em transplante capilar. O que muitos ainda não sabem é que a micropigmentação capilar também é uma alternativa eficiente.
O portal Cirurgia.net acompanha diariamente a procura dos usuários, que enviam dezenas de pedidos de informação sobre referidos procedimentos e solicitações de agendamento de consulta. Por isso, fomos atrás de especialistas no tema, com o intuito de oferecer informações atualizadas sobre ambos os tratamentos.
Quem pensa que transplante e micropigmentação são técnicas exclusivas para os calvos está totalmente equivocado. Segundo os especialistas, qualquer pessoa que possua pouco volume de cabelo está apta à realização dos procedimentos, já que esses trabalham justamente com o preenchimento das falhas. Acompanhe as diferenças e métodos utilizados em ambos os casos.
Como é feita a micropigmentação capilar
Muito confundida com a maquiagem definitiva, a micropigmentação capilar é um procedimento realizado por médicos para preencher as falhas no couro cabeludo. A técnica simula unidades foliculares ao colocar pigmentos na derme da cabeça por meio de agulhas com a espessura de um fio de cabelo. Diretor médico da Vinci Hair Clinic Brasil, clínica especializada em micropigmentação e transplante, o Dr. Thiago Bianco Leal, CRM-SP 125407, explica que os pigmentos são específicos para o couro cabeludo, não tendo nada a ver com as tintas utilizadas em processos de tatuagem.
Os pigmentos da micropigmentação capilar estão preparados para conservar a tonalidade e a cor ao longo dos anos, sem que haja alterações significativas e consequentes prejuízos para os pacientes. O procedimento é indicado para pacientes com qualquer grau de calvície, assim como para portadores de patologias autoimunes que provocam a perda do cabelo.
Se você está interessado na micropigmentação, deve ficar atento. De acordo com o Dr. Thiago, o paciente que não procura um centro qualificado pode enfrentar sérios problemas.
"O maior problema que temos visto é a tentativa de realizar a micropigmentação com máquinas e agulhas adaptadas e não as específicas para o procedimento. Por penetrar em camadas diferentes na pele, o pigmento apresenta comportamento imprevisível. Sem o devido cuidado e estrutura, na maioria das vezes, se espalha e permanence como uma mancha no couro cabeludo, sem nehuma definição", explica o especialista.
Além da tecnologia correta, os profissionais devem ser especializados em proporções faciais, para respeitar as métricas e o desenho do rosto do paciente. Quanto aos cuidados que o paciente deve ter na hora de realizar a micorpigmentação capilae, o Dr. Thiago destaca principalmente a importância de evitar a exposição solar durante o tratamento, além dos cuidados com a lavagem do couro cabeludo. As atividades normais podem ser retomadas com facilidade, mas o paciente deverá manter sempre os cabelos raspados.
Como é feito o transplante capilar
Com o passar dos anos e os avanços da tecnologia, o transplante capilar mudou e se renovou. Atualmente, os médicos transplantam fios de cabelo com as glândulas sebáceas e os músculos. O próprio cabelo do paciente é o doador. O médico raspa uma área perto do pescoço para recolher os folículos e implantar na área calva.
Com a ajuda do raio laser são feitos pequenos furos onde serão colocadas as unidades foliculares, uma de cada vez, com o auxílio de instrumentos de alta precisão. A direção que nasce o fio deve ser respeitada para que a aparência seja a mais natural possível.
O procedimento não garante ao 100% que os fios crescerão na área implantada, mas o sucesso do transplante capilar ultrapassa a casa dos 90% dos casos tratados. O número de sessões e a quantidade de unidades foliculares a serem implantadas dependerão de cada pessoa.
Segundo especialistas, os resultados poderão ser notados a partir do sexto mês. O paciente que se submeter ao procedimento retomará suas atividades normais no dia seguinte à cirurgia, porém deverá evitar a exposição solar na cabeça entre três e seis semanas.
Micropigmentação para correção?
Uma dúvida frequente dos usuários recai sobre a efetividade deste procedimento para cobrir tatuagens ou esconder manchas de vitiligo. O Dr. Paulo Bettes, CRM 13050, RQE 7802, especializado em cirurgia plástica, explica que é possível disfarçar tatuagens com a ajuda da micropigmentação cor da pele, mas para os casos de vitiligo na região da cabeça o cirurgião só vê benefício no implante capilar.