Saiba por que a micropigmentação não é definitiva

Saiba por que a micropigmentação não é definitiva
Edilena Ramos
Formada em Publicidade e Propaganda, desde que me formei, sempre fui apaixonada pelas redes sociais, sou redatora há mais de 10 anos, com experiência no setor da medicina estética.
Criação: 4 ago 2014 · Atualização: 15 fev 2022
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Um dos tratamentos estéticos mais buscados atualmente é a micropigmentação, uma técnica utilizada para definir, melhorar o desenho e corrigir imperfeições em sobrancelhas, lábios e contorno de olhos. Mas você sabe exatamente em que consiste esse procedimento? O erro mais comum é acreditar que micropigmentação e maquiagem definitiva são a mesma coisa. E não são!

O objetivo desse artigo é justamente esclarecer as principais diferenças entre os dois tratamentos, listar os prós e os contras, além de mostrar os principais avanços das técnicas. Começamos com as definições.

Maquiagem definitiva x micropigmentação

Apesar terem os mesmos objetivos, o procedimento que surgiu primeiro foi a maquiagem definitiva, há mais de duas décadas. Em linhas gerais, trata-se de uma adaptação do mecanismo das tatuagens para fins estéticos, utilizando uma agulha com pigmentos para conseguir traços permanentes. Sua primeira aplicação foi na região da sobrancelha, se estendendo posteriormente para contorno de olhos (delineado permanente) e contorno labial.

É possível dizer que a micropigmentação aparece como uma evolução da técnica anterior, na qual há uma mudança no tipo de pigmento utilizado, além do uso de um novo equipamento: o dermografo. Com ele, o profissional consegue um traço mais suave, já que a rotação da máquina é menor. E mais, o pigmento fica em capas superficiais da pele, dando um cheque-mate a um dos principais problemas da maquiagem definitiva: é muito mais fácil corrigir caso o paciente não fique feliz com o resultado.

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Com a maquiagem definitiva, o aparelho utilizado perfura camadas mais profundas da pele, sendo muito complicado ficar livre do pigmento. Outro grande problema é a descoloração e variação da cor. Acontece sobretudo pelo uso de um pigmento que não é adequado para o rosto e que, com o tempo, vai ganhando tons azulados e esverdeados.

Prós e contras da pigmentação temporária

Com a técnica da micropigmentação, o paciente não sentirá qualquer alteração na cor do traço, sempre que o profissional utilize o pigmento adequado, que é específico para o rosto. O tratamento, entretanto, tem vida útil limitada. Normalmente, quando a aplicação completa um ano, o paciente começa a notar uma gradativa perda de intensidade do pigmento, o que demanda uma nova visita ao especialista para determinar a necessidade de retoques ou de uma nova aplicação.

Em alguns casos, o clareamento somente começa a ocorrer por volta do 18º mês. Cada pele tem um comportamento específico e é impossível prever a real durabilidade do tratamento. Normalmente, a permanência média de uma micropigmentação é de dois anos, sendo que a renovação celular e o uso de ácidos rejuvenescedores interferem diretamente nesse ponto.

Quem trabalha com micropigmentação, tem acesso a várias as tonalidades de pigmento, o que permite um resultado mais natural que o conseguido com a maquiagem definitiva. A qualidade do tratamento, entretanto, vai depender da destreza do profissional. Por isso, é fundamental buscar uma micropigmentadora ou dermatologista capacitada, pedir referências sobre procedimentos prévios antes de se submeter à aplicação e assegurar-se de que todos os produtos utilizados são de qualidade.

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Técnicas e aplicações

A micropigmentação serve para cobrir falhas, para corrigir a forma, para realçar traços, entre outras funções. O tratamento compreende diferentes técnicas, sendo as seguintes a mais usuais:

  • fio a fio: utilizada especialmente para preenchimento de falhas, a técnica imita um pelo natural, dando volume e remodelando;
  • tridimensional: parte-se do sentido do crescimento dos fios, produzindo um efeito esfumaçado. Serve para a correção de pequenas falhas;
  • dégradé: permite a união das técnicas anteriores, podendo ser aplicada em todos os tipos de sobrancelhas;
  • esfumaçada: utilizada para dar mais cor e volume, promove um efeito de maquiagem, como se o paciente tivesse passado uma sombra na área tratada;
  • compacta: consiste em um traço cheio e perfeito, utilizado em casos em que o paciente não tem pelo, por exemplo.
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Além da sobrancelha, a maioria das pacientes se interessa pela micropigmentação para delinear os olhos (em que a aplicação é feita na região da mucosa) ou para fazer o contorno e preenchimento dos lábios. As técnicas vêm se aprimorando e outra opção que começa a se difundir entre as interessadas é o efeito iluminador, em que a pigmentação na região das pálpebras realça o traçado da sobrancelha e provoca um “efeito lifting".

Há também os que buscam uma aplicação para disfarçar a presença de estrias e como tratamento para a calvície. Outro uso frequente é a despigmentação. Nesses casos, o especialista recorre à cosmética e aplica uma substância para remover o pigmento que adquiriu com uma cor indesejada.

De mãos dadas com a medicina

Não há dúvidas de que a micropigmentação é uma técnica versátil. Atualmente, vem ganhando uma responsabilidade mais: aliada às cirurgias plásticas e dermatológicas, são capazes de “reconstruir" traços perdidos e de proporcionar maior conforto e bem-estar aos pacientes. Como? Exemplos comuns são aplicações para reconstrução das aréolas mamárias, pigmentação em queimaduras, cicatrizes e manchas de vitiligo.

Se você ainda ficou com dúvidas, entre em contato com um dos especialistas em micropigmentação.

Fotos (ordem de aparição): por Krystal T e NeoGaboX (Flickr)

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