O procedimento consiste em mover o cabelo de uma área onde ele é mais presente do paciente e implantá-lo em uma área desprovida de cabelo.
Segundo a Sociedade Americana de Cirurgia Dermatológica, o procedimento tem uma alta taxa de sucesso, desde que haja uma quantidade suficiente de folículos doados e a execução cirúrgica adequada para preservar a vitalidade desses folículos extraídos da área doadora até sua implantação na área receptora. As duas técnicas mais populares e modernas são chamadas de FUSS ou FUT e FUE. Ambos são muito seguros e seus efeitos adversos, ou complicações, são raras.
A androgenética ou calvície é um distúrbio que produz uma redução anormal de cabelo do couro cabeludo. Como o próprio nome já diz, a causa dessa doença é parte genética e parte hormonal. Hoje ela representa 90% dos distúrbios dos cabelos dos homens e 50% das mulheres após a menopausa.
Para tratarmos essa doença temos desde os tratamentos com remédios orais e os tópicos que podem ser usados em casa, passamos pelos procedimentos mais avançados feitos pelo médico dentro da clínica e chegamos a cirurgia de transplante capilar com sua eficiência e naturalidade avançando desde os anos 50. E vale ressaltar que o transplante capilar isoladamente não garante o tratamento da calvície, ela seguirá progredindo caso seja essa sua sorte, por isso é imprescindível seguir o tratamento clínico da sua doença e garantir a manutenção dos resultados do seu transplante capilar.
Segundo a Sociedade Americana de Dermatologia Cirúrgica, os melhores candidatos são aqueles que têm uma quantidade adequada de cabelo nas áreas da nuca e nos dois lados da cabeça. Além disso, você deve levar em conta não apenas a quantidade, mas também a qualidade do fio, sua cor, a condição e a textura dele.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica recomenda que os candidatos ideais tenham entre 30 e 40 anos de idade. Desta forma, o tratamento será mais efetivo e assertivo. Se o procedimento é realizado em pacientes muito jovens, é muito possível que mais tarde eles tenham progressão da calvície e necessitem novamente do transplante capilar e pode não mais dispor da área doadora suficiente para essa segunda cirurgia.
Este tipo de procedimento é realizado por dois tipos de especialistas. O primeiro é um especialista em cirurgia plástica em transplante de cabelo ou um dermatologista especializado nesse tema. É importante ressaltar que o médico deve ter estudos específicos e experiência nesse tipo de procedimento visto que, a área doador de cada paciente é finita.
Também é possível consultar o CRM do médico no site do CFM ou do cirurgião plástico no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, assim você estará seguro que o profissional é realmente um médico.
Durante a primeira consulta, o médico revisará seu histórico médico e determinará a causa da queda de cabelo.
Isso é importante porque antes de realizar o tratamento, outras causas da queda de cabelo podem ser encontradas, evitando que os pacientes passem por tratamentos cirúrgicos desnecessários.
Portanto, problemas de tireoide, problemas ginecológicos e até mesmo deficiências nutricionais, como o ferro, serão descartados. Além disso, é avaliado, como mencionado acima, a qualidade e a quantidade do cabelo.
Geralmente o procedimento é realizado no consultório do médico. Primeiro, acontece à limpeza do couro cabeludo e anestesia local. Em alguns casos, será necessário usar sedação oral
ou
até mesmo endovenosa caso a clínica seja habilitada.
Técnica Fuss: Nesta técnica, uma tira ou faixa de couro cabeludo é extraída para ser enxertada na área receptora. Esta área onde o cabelo foi removido será suturada e depois coberta pelos cabelos da área circundante. Os pontos são removidos em 12-14 dias e, como resultado, uma cicatriz permanece na área doadora, que pode ser camuflada com o crescimento do cabelo.
Técnica F.U.E: Atualmente é a técnica mais avançada retirando os folículos individualmente sem a necessidade de pontos e sem deixar cicatrizes lineares. Nessa técnica, não será necessário sutura, pois a lesão é praticamente nula.
Dependendo do tamanho do transplante que será realizado, o procedimento pode demorar entre 4 e 8 horas. É muito provável que mais procedimentos sejam necessários até que o resultado esperado seja alcançado.
Após o procedimento é importante estar com um acompanhante, lembrando de que a anestesia é necessária e, em alguns casos, sedação.
Recomenda-se descansar por dois dias após o procedimento, podendo voltar após uma semana as suas atividades normais. Quando o efeito da anestesia passa, o couro cabeludo fica um pouco irritado e dolorido, mas o médico prescreverá remédios para dor.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica determina que o sucesso da cirurgia depende da quantidade de cabelo que permanece em boas condições após serem transplantadas. É importante mencionar que, em alguns casos, mais de uma cirurgia é necessária para atingir a cobertura esperada.
Na maioria dos casos, 90% dos cabelos transplantados nascem saudáveis e fortes.
Se o procedimento é realizado com a técnica apropriada, as complicações são mínimas. Em alguns casos, uma infecção pode ocorrer nos folículos pilosos chamados foliculite e isso pode ser aliviado com antibióticos.
A Sociedade Americana de Cirurgia Dermatológica menciona que é possível observar a perda de cabelo nas áreas onde o pêlo doador foi removido; que
é o resultado esperado pois o bulbo dos folículos foram implantados
na área receptora e não há nascimento de novos bulbos onde foi
extraído esses enxertos. Finalmente, se a técnica não for apropriada, um resultado pouco natural pode ser obtido.