Ultrassom estético para gordura localizada e tratamento da pele

Ultrassom estético para gordura localizada e tratamento da pele
Edilena Ramos
Formada em Publicidade e Propaganda, desde que me formei, sempre fui apaixonada pelas redes sociais, sou redatora há mais de 10 anos, com experiência no setor da medicina estética.
Criação: 21 jun 2017 · Atualização: 16 ago 2022
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Os ultrassons são ondas sonoras com frequência acima de 20kHz, não sendo perceptíveis ao ouvido humano. Essas ondas podem se propagar através de vários meios, como o ar, água e outros líquidos e sólidos com densidades específicas, porém, mais facilmente, em ambientes úmidos. Muito mais do que efeitos visuais, este artifício também consegue trazer benefícios estéticos. Vamos ver quais?

Como outros fenômenos de ondas, os ultrassons estão sujeitos a fenômenos de reflexão, refração, difração e podem ser refletidos, absorvidos ou transmitidos de acordo com as propriedades do obstáculo com o qual se deparam durante a sua propagação. A profundidade que podem chegar depende da frequência usada e da amplitude de sinal. Quanto mais baixo for o mega-hertz, camadas mais profundas ele alcançará.

Por essas características, o ultrassom tem diversas aplicações também na medicina estética. Os principais usos dos ultrassons são para redução de gordura localizada, bem como para tratamentos em casos de celulites e melhora na aparência cutânea ou pele com flacidez. Seu mecanismo de ação está baseado em três princípios:

  • Ação térmica: a energia se converte em calor no interior dos tecidos, melhorando a microcirculação e favorecendo a drenagem de líquidos;
  • Ação mecânica: as ondas sonoras provocam vibrações nos tecidos, o que produz micro massagens, melhorando o seu tônus;
  • Sonoforese (ou fonoforese): os ultrassons são capazes de transmitir vários princípios ativos debaixo da pele, otimizando a permeabilidade da estrutura dos tecidos.
Tratamentos corporais

Atualmente, os 3 sistemas de frequência mais usados são de 1MHz, 3MHz e 5MHz.

Este último é mais indicado para a região do rosto, por exemplo, pois alcança a epiderme, a capa mais superficial da pele, enquanto o sistema de frequência de 1MHz é capaz de chegar a uma profundidade maior, alcançando o tecido conectivo, podendo ser utilizado em outras partes do corpo menos superficiais. Isso se dá porque quanto menor a frequência, teremos menos ondas e menos pulsos por segundos, garantindo um maior controle e, portanto, maior alcance.

Com estudos e pesquisas, foi possível estabelecer uma combinação perfeita de profundidade controlada e ótima intensidade com o objetivo de conseguir uma aplicação simples e segura dos ultrassons, evitando efeitos secundários e favorecendo os resultados positivos e com fins estéticos. Com isso, é possível se ver diferenças progressivas no corpo do paciente por até 6 meses.

A eficácia do ultrassom estético na pele

O aquecimento do tecido cutâneo melhora a circulação sanguínea, aumentando a atividade metabólica, o que acelera a regeneração celular, garantindo células ativas, cheias de vida e sem gorduras no seu interior.

A frequência dos ultrassons estimula o tecido com sua ação mecânica, provocando oscilações que alternam a compressão e a descompressão. Desse modo, é possível ter um efeito de "micro massagem", que promove a desintoxicação e a drenagem linfática no interior das células cutâneas.

A combinação destas ações, térmica e mecânica, faz com que o pH da pele tenha um nível mais alcalino, estimulando a produção de colágeno e elastina, revitalizando a pele, que recupera seu tônus, firmeza e vitalidade.

A última ação, a sonoforese, é o fenômeno em que as ondas ultrassônicas transportam os princípios ativos às camadas mais profundas da pele. Ao contrário da iontoforese, os ultrassons não empurram diretamente os micros ingredientes, mas é, sobretudo, a massagem que favorece a limpeza dos espaços intersticiais entre as células, melhorando sua permeabilidade e, portanto, absorção.

Deste modo, os medicamentos escolhidos pelos especialistas para melhorar os resultados do paciente podem ser absorvidos pelas camadas mais profundas através de um processo metabólico natural (osmose), permitindo uma maior eficácia e duração da regeneração em relação a outros tipos de tratamentos. Ou seja, o ultrassom pode ser associado a outros tratamentos, para que, juntos, atuem de maneira mais efetiva, cada um com o seu benefício.

É o caso dos tratamentos que levam as tecnologias como o laser ou a radiofrequência. Eles, dependendo da região a ser tratada, não podem assegurar uma penetração profunda no tecido adiposo, se aplicados isoladamente. Isso acontece porque as energias irradiadas por esses tratamentos podem ser absorvidas em grandes quantidades ou podem até mesmo serem dispersadas pelo tecido.

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Agindo de forma contrária ao laser e à radiofrequência, a energia ultrassônica alcança diretamente o interior do tecido adiposo, atravessando as camadas sem danificar a pele ou os tecidos ao redor, e facilitando a absorção de outros agentes.

Isto permite com que os aparelhos médicos usados atualmente, como por exemplo, o Ultrashape, Power Shape ou Accent Ultra, superem os limites de algumas das tecnologias para remodelar o corpo, por meio de sua energia de baixa intensidade e frequência, e pela possibilidade em trabalhar em conjunto com demais alternativas.

Indicado e contraindicado para...

Este tratamento é ideal para pessoas que preferem procedimentos não invasivos, sem cortes ou anestesias, totalmente indolor e sem efeitos colaterais. Além disso, sessões de ultrassom não requerem cuidados prévios e nem exigem repouso ou tempo para recuperação. O melhor é que duram, no máximo, 60 minutos. Para somar ainda mais seus benefícios, as massagens realizadas enquanto o ultrassom é aplicado, servem para muitos como uma massagem relaxante. É realmente um tratamento completo e cheio de bons momentos!

Como em todo tratamento, também possui algumas contraindicações: ele não é indicado para o grupo dos cardiopatas (inclusive os que usam marcapasso), para pessoas recém-operadas, com algum problema de coagulação sanguínea, gestantes e indivíduos com distúrbios vasculares periféricos. Também não podem ser submetidos pacientes com tumores malignos, pessoas que tenham realizado tratamentos radiológicos recente ou que estejam em fase de crescimento (crianças e jovens).

Dra. Marcela Marques
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