Hidrolipo

A hidrolipo é um procedimento de medicina estética cuja finalidade é reduzir o tecido adiposo do corpo, ou seja, remover gordura do abdômen ou de outras áreas do corpo como abdômen, flancos, coxas, pernas e quadris, bem como queixo duplo, sem a necessidade de intervenção cirúrgica. Esta palavra tem sua origem etimológica do grego hydor=água; lipo=gordura; clasia=romper.

Há vários métodos de hidrolipo para a remoção de adiposidades sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos, entre eles estão a hidrolipoclasia com cavitação, ultrassom de alta densidade focalizada e pressoterapia, hidrolipoclasia hipoosmolar e lipólise a laser.

A hidrolipoclasia é, portanto, uma alternativa estética à cirurgia que é cada vez mais solicitada nas clínicas devido a seu custo e aos resultados obtidos. É o tratamento ideal para quem quer reduzir o tecido adiposo e a celulite (em áreas como o estômago, nádegas ou costas), ou pele casca de laranja, sem a necessidade de outros procedimentos como lipoescultura ou lipoaspiração.

A hidrolipo ou minilipo pertence ao campo da medicina estética, que foi estabelecida nos anos 70 na Europa, difundindo-se e especializando-se posteriormente nos Estados Unidos, e aperfeiçoando a técnica através do estudo e aplicação rigorosa do tratamento.

O tratamento envolve a injeção de uma solução salina no tecido adiposo e depois a aplicação de energia ultra-sônica, ou seja, a formação de microbolhas e a explosão ou ruptura de materiais biológicos, neste caso, nas células do tecido adiposo. Por outro lado, a chamada energia ultra-sônica é aplicada, o que facilita a localização do tecido adiposo na área a ser tratada. O ultrassom produz o efeito da termogênese, quando as ondas se movem dentro da água ou solução fisiológica estéril, o resultado é cavitação ou movimento intenso que faz com que a gordura seja removida, liberada e dissolvida naturalmente no fluxo linfático. 

É utilizada uma sonda ultra-sônica superior a 16 kHz, que exerce seletivamente uma pressão negativa sobre as moléculas de gordura, levando finalmente à cavitação e fragmentação das células de gordura. São utilizadas mini-cânulas das proporções de uma seringa convencional, o que evita danificar o tecido tratado, tornando o processo de sucção por meio de cavitação mais simples, prático e eficaz.

Os efeitos do ultrassom sobre os tecidos adiposos são basicamente triplicados:

• Cavitação: causa uma explosão de micro-bolhas que rompem as estruturas adiposas. É produzido quando o líquido que é aplicado é intervencionado por meio de ultra-som, formando bolhas e vapor nelas. Quando a água se infiltra nos tecidos gordurosos e o ultrassom é aplicado posteriormente, ocorre a formação das microbolhas ou cavitação, fazendo com que as células mais frágeis sofram a ruptura esperada, mas mantendo os tecidos ósseos e conjuntivos, que tendem a ser mais resistentes à cavitação, quase intactos.

• Ultrassom: Ondas ultra sônicas provocam a quebra de macromoléculas e junções intermoleculares, o que leva ao movimento de moléculas intracelulares nos tecidos, e a difusão no espaço celular.

• Efeito Joule: este é o mesmo efeito conhecido como o efeito térmico. É o movimento causado pelas ondas mecânicas de ultrassom, fazendo aumentar a energia cinética molecular, que gera a energia potencial das cargas elétricas em movimento a serem transformadas em calor. Como a temperatura do tecido sobe acima de 37°C, ocorre o efeito da desnaturação da proteína.

O objetivo do efeito de quebra da aplicação de ultrassom é deslocar os triglicerídeos que compõem os adipócitos dos tecidos adiposos para o espaço extracelular.