Câncer de mama: diagnóstico precoce é fundamental para superar a doença
No próximo dia 19 de outubro se celebra o Dia Mundial contra o Câncer de Mama, uma data dedicada a chamar a atenção de todos sobre essa doença que atinge milhares de mulheres todos os anos.
Como ocorre anualmente, diversas são as entidades que lançam campanhas informativas com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância de prevenir e detectar precocemente a doença.
Ano após ano, essas entidades difundem uma mensagem de esperança para todas as mulheres que padecem ou já sofreram com o problema. Ainda as que podem padecer no futuro, porque, de acordo com dados sobre o tema, 1 em cada 8 mulheres tende a sofrer com a enfermidade ao longo da vida. Por isso, as campanhas nascem para se converterem num instrumento eficaz de difusão entre todas as mulheres, principalmente as que já passaram dos 40 anos. Se trata da idade em que iniciam, de maneira periódica, os exames periódicos para a descoberta precoce, como a mamografia, por exemplo.
Do mesmo modo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também tem dado atenção à importância de socializar a enfermidade por meio de um chamamento que pretende converter o mês de outubro no mês de Sensibilização sobre o Câncer de Mama. O organismo das Nações Unidas incide, de maneira especial, na região das Américas, onde se estima que o tumor nos seios afetará ao redor de 46% da população feminina até o ano de 2030.
O alto índice de mulheres diagnosticadas com o câncer de mama a cada ano terna necessário reforçar a importância de revisões, como sistemas eficazes de diagnóstico e de prevenção. As cifras não dão lugar a dúvidas: de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2016 foram detectados mais de 57 mil novos casos de câncer de mama no Brasil.
Para que a taxa de mortalidade tenha caído, é importante destacar que os tratamentos, mas, sobretudo, a descoberta precoce. E é aqui onde os distintos organismos especializados na luta contra o câncer insistem: o diagnóstico e a descoberta precoce salvam muitas vidas.
Dada a gravidade da doença, cada vez mais são as campanhas de sensibilização que, dos mais diversos grupos e organizações internacionais, se lançam para oferecer informação sobre o tumor. Porque, ainda que os tratamentos atuais e o diagnóstico precoce possibilitem que a mulher sobreviva ao câncer em 90% dos casos, a chance de o câncer deixar sequelas na paciente é consideravelmente grande.
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São muitas as dúvidas que se geram quando se diagnostica a doença. Por isso que diversas campanhas de informação e prevenção são organizadas por entidades e organismos públicos, como a Organização Mundial da Saúde, e o Ministério da Saúde. O intuito é fazer com que as campanhas se tornem essenciais para responder a todas as perguntas que muitas mulheres se fazem quando são comunicadas sobre o diagnóstico positivo.
A importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce é extremamente importante para o tratamento da doença e para que a taxa de êxito de mulheres que superam o câncer de mama continue aumentando. Para isso, é imprescindível realizar avaliações médicas e mamografias. O Cirurgia.net reforça essa importância incentivando o autoexame periódico das mamas e, se você encontrar alguma alteração, alerte o seu médico.
A seguir, deixamos algumas dicas para que você possa fazer o autoexame em casa de forma periódica. É recomendado realizá-lo uma vez ao mês depois de 2 ou 3 dias do período menstrual.
Além disso, a prevenção também pode ajudar. Apesar de se saber que o câncer de mama não poder ser evitado, é importante ter em mente que o risco de sofrer com ele pode ser reduzido. Para isso, especialistas recomendam a prática semanal de exercícios (4 horas por semana), o que faz com que a mulher fuja do sedentarismo.
Também é fundamental seguir uma dieta saudável e equilibrada, a qual diminua os riscos do sobrepeso (fundamentalmente com o início da menopausa) ou de obesidade. A redução do consumo de álcool é outro exemplo que ajuda na diminuição das possibilidades do desenvolvimento do câncer de mama. Ademais, especialistas da área de saúde ainda indicam que, em casos de antecedentes familiares, se realize uma prova genética para avaliar a existência ou não do risco de mutação de genes.
Recuperar a vida depois do câncer
As sequelas que a doença deixa nas sobreviventes são muito duras e afetam não somente o aspecto físico da paciente, consequência do desgaste que representa se submeter aos tratamentos para a cura. Afetam também a mente, que se vê alterada com o processo. Isso desde o instante em que se diagnostica o tumor, até o momento de pavor que se esconde quando se assimila a notícia. Porque, apesar do grande índice de mulheres que supera a doença, muitas são as que, infelizmente, não resistem à luta.
A tudo isso há que se somar a instabilidade emocional que ocorre ao se ter com lidar diariamente com as marcas da enfermidade: a mastectomia (a perda do peito, ou dos peitos), quando se produz, tem efeitos nocivos na paciente, que vê afetada a sua autoestima, a sua autoconfiança, e a sua condição feminina. Por isso que a reconstrução mamária é tão importante em casos assim, pois devolve a feminilidade à mulher, a faz sentir completa outra vez.
Também as relações sociais, familiares, e de casal, podem se ver deterioradas. Não à toa as entidades trabalham tanto para socializar a enfermidade e a sua normalização. Isso para que as ausências laborais, a estigmatização, e as consequências econômicas não agravem ainda mais a vida de todas as lutadoras que têm que enfrentar o câncer de mama.
Por tudo isso, a descoberta precoce é vital para tratar o tumor em tempo. A prática da mamografia é a melhor maneira de se obter um diagnóstico inicial da enfermidade. Estabelecer uma legislação que permita regularizar e dar suporte à mulher trabalhadora durante o processo deve ser prioritário entre as empresas, assim como ajudas que contribuam no enfrentamento econômico gerado pela batalha contra o câncer de mama.