Conheça o método expansor para reconstrução da mama
Apesar de todos os exames existentes, assim como também o desenvolvimento tecnológico atual, muitas mulheres ainda padecem do câncer de mama no Brasil. Algumas, infelizmente, não superam a luta. Já outras, quando a vencem, acabam carregando marcas físicas e psicológicas que podem as acompanhar por toda a vida.
Isso porque, para se ver livre da doença, em muitas ocasiões existe a necessidade da retirada de pelo menos uma das mamas. Em outros casos, das duas, dependendo do estado da paciente. Esse acaba sendo um momento difícil de aceitação por quem, infelizmente, passa pela situação.
Entretanto, uma das opções oferecidas pela medicina para mulheres que sofrem com o problema é o método reconstrutivo das mamas através do uso de um expansor de tecidos. Isso não deixa de significar uma nova oportunidade e também uma alternativa para quem sofre em haver perdido uma parte tão importante do corpo.
O método ocorre por meio de um expansor, o qual propicia a reconstrução da mama. A técnica consiste em separar uma grande quantidade de tecido do corpo da mulher para, em seguida, finalizar o procedimento com o implante de próteses de silicone.
A reconstrução mamária com expansor de tecido
A reconstrução mamária através dessa técnica é simples e, sobretudo, oferece ótimos resultados. Para isso, existem alguns passos a serem seguidos para que o método de reconstrução com expansor de tecidos seja realizado:
- Dispositivo expansor mamário: se realiza uma incisão na mama do mesmo modo que ocorre com a mastectomia. Em seguida, se insere o dispositivo expansor atrás do músculo peitoral e o músculo serrátil anterior.
- Preenchimento: o dispositivo de expansão é preenchido com soro fisiológico de maneira periódica até conseguir fazer com que a pele se expanda. Isso permite que a mama adquira o volume necessário e seguro para que, em seguida, seja realizado o implante da prótese de forma definitiva.
Quem pode fazer o procedimento?
O método expansor para a reconstrução da mama é uma opção para todas as mulheres que buscam por uma cirurgia que represente menor grau de complexidade. No entanto, apesar de ser considerado um dos melhores métodos disponíveis, é preciso salientar que algumas patologias podem impedir sua realização em alguns casos. Exemplos são situações nas quais a mulher tenha passado por tratamentos de radioterapia, ou ainda quando a pele da paciente não permite o uso do expansor.
Entenda como é realizada a reconstrução com o uso do expansor
Como dito anteriormente, o método faz uso de um expansor mamário que, depois de aplicado, é preenchido aos pouco com soro fisiológico, sempre com acompanhamento de um médico especializado. Isso ocorre até que a região esteja pronta e os tecidos devidamente aptos e estendidos para o recebimento da prótese de silicone por meio de uma incisão. Em seguida, o dispositivo é substituído pelo implante, propiciando, assim, resultados harmônicos.
É importante destacar que o preenchimento do expansor com soro fisiológico ocorre dentro de um tempo que varia entre 4 a 8 semanas, dependendo de cada caso. Em cada sessão, geralmente, o volume de soro inserido fica entre 60 a 100ml, isso sem gerar dor ou desconforto à mulher.
O tempo de duração de cada sessão para o preenchimento do expansor gira em torno de 45 minutos, tempo no qual a paciente está com anestesia geral.
Ainda vale salientar que a reconstrução da mama (ou das duas) com o uso do expansor pode ser realizada no mesmo momento da mastectomia ou até mesmo em um período posterior. Mas é fundamental que o procedimento ocorra em clínicas ou hospitais credenciados e por profissionais especializados para garantir o sucesso da cirurgia.
Como são as cicatrizes com o método expansor?
Uma das principais características do método expansor é que busca gerar o mínimo de lesões possível. Isso porque o procedimento é feito através da mesma cicatriz da mastectomia, evitando, assim, novas incisões e novas marcas no corpo da mulher.
Saiba como é o pré-operatório
Antes de realizar o procedimento, é importante que a paciente evite o uso de medicamentos à base de ácido acetilsalicílico por pelo menos 10 dias antes da data marcada. Do mesmo modo, medicamentos que gerem reação anti-inflamatória também devem ser evitados antes da colocação do expansor.
No entanto, é importante lembrar que o cirurgião responsável realiza um acompanhamento pré-operatório para garantir que todas as condições estejam corretas e também para evitar qualquer tipo de risco. É feita uma análise do histórico de saúde e também dos hábitos da paciente, como alimentação e consumo de álcool e cigarro.
Os cuidados necessários no pós-operatório
Assim como ocorre após qualquer procedimento cirúrgico, é necessário que a paciente siga algumas indicações passadas pelo cirurgião, isso com o intuito de garantir um melhor resultado de cicatrização e também evitar problemas.
Normalmente é necessário permanecer em observação por 24 horas antes que haja a alta médica. Passado esse período, ocorre a retirada dos curativos de compressão, os quais são substituídos por uma cinta modeladora com medidas específicas para o corpo da paciente.
Antes da liberação, o cirurgião responsável ainda passa uma série e cuidados a seguir, além de receitar medicamentos para combater a dor e inchaços que ocorrem nos primeiros dias após a realização do procedimento, como também para ajudar na cicatrização.
Ademais, geralmente no 3º dia após a colocação do expansor, a paciente volta à clínica para passar pela primeira revisão médica e checar se tudo está correndo dentro da normalidade prevista. Cabe destacar que, passada essa primeira etapa, também ocorre um acompanhamento periódico visando a garantia da saúde da mulher, assim como também o sucesso do procedimento.
A troca do extensor por próteses definitivas
O processo de expansão dos tecidos costuma variar de mulher para mulher. No entanto, geralmente dura entre os 2 e 4 meses. Passado esse tempo, a região tende a estar pronta para a substituição do extensor por próteses definitivas de silicone. A cirurgia costuma ser simples e bastante similar à mastopexia à ou redução de mamas.