Lifting glúteo: verdadeira remodelagem do bumbum

Lifting glúteo: verdadeira remodelagem do bumbum
A nádega bonita deve ter forma arredondada e sua maior projeção deve ser nos 2/3 superiores
Cirurgião plástico e membro da sociedade plástica no Brasil: Thiago Bezerra de Morais, CRM-PE 16484
Criação: 18 dez 2013 · Atualização: 13 jul 2022

Lifting glúteo é qualquer procedimento para corrigir a ptose glútea ou remodelar as nádegas por algum tipo de pexia. Há mais de um tipo de lifting glúteo, cada um com indicações diferentes.

Nessa edição quero apresentar os quatro principais tipos de lifting que utilizo na minha rotina e que satisfazem bastante bem os propósitos a que se destinam.

Objetivos de um lifting glúteo

O lifting glúteo é um procedimento muito útil, não somente para corrigir a ptose glútea, mas também para levantar o sulco glúteo inferior, com o propósito de corrigir assimetria ou melhorar nádegas longas ou caídas e para tratar o excesso de pele em pontos específicos.

Na realidade, fazer um lifting glúteo é mais do que simplesmente fazer algum tipo de pexia, é remodelar a nádega. Não é um trabalho fácil, mas pode ser um trabalho notavelmente compensador.

Gluteoplastia

Princípios básicos do lifting glúteo

A nádega bonita deve ter forma arredondada e sua maior projeção deve ser nos 2/3 superiores. Diversas situações podem mudar a beleza das nádegas, alterando a sua forma e projeção, mas, entre elas, a ptose é, sem sombra de dúvidas, uma das principais. Repor projeção e reposicionar as nádegas é o principal objetivo de qualquer lifting glúteo, portanto, ele não deve ser uma operação de dermolipectomia, mas sim de remodelagem.

Todo tecido aparentemente redundante não deve ser excisado e desprezado, mas sim usado para modelar, dar volume ou ajudar como suporte da nádega. Posteriormente, se necessário, pode-se facilmente retirar algum excesso com lipoaspiração, porém a reposição de volume ou suporte nem sempre pode ser obtida com facilidade.

Especial atenção deve ser dirigida à cicatriz, que pode ser um dos grandes inconvenientes de um lifting glúteo. Esse e outros aspectos que devem ser obedecidos para se obter melhores resultados em um lifting glúteo foram ordenados abaixo e são princípios importantes para nortear qualquer cirurgião que pretenda iniciar-se na cirurgia de lifting e remodelagem glútea:

  • estudar atentamente cada caso e o tipo de ptose para planejar a cirurgia
  • as cicatrizes devem ser adequadas à severidade do caso
  • fazer marcações pré-operatórias precisas e corretas
  • evitar incisões muito visíveis, fora do sulco glúteo inferior ou fora da cobertura das roupas íntimas
  • preservar todo o tecido adiposo e dérmico, por mais redundante que pareça
  • manter ou ganhar projeção nos 2/3 superiores da nádega
  • em casos de nádegas muito chatas, considerar o uso de próteses
  • localizar as incisões superiores perto da crista ilíaca, onde estão os tecidos mais firmes
  • evitar operar pacientes que estão perdendo peso ou que possam perder

Indicações do lifting glúteo

A diversidade de problemas que podem ser resolvidos por um lifting glúteo é grande: desde ptoses ou assimetrias moderadas de comprimento das nádegas até sulcos duplos ou nádegas longas, ou ainda as dramáticas falências morfológicas que as nádegas podem sofrer depois de uma acentuada perda de peso. Portanto, as indicações de um lifting glúteo vão desde uma fina cirurgia estética até uma necessária reconstrução das nádegas após cirurgia bariátrica.

Ao longo dos anos que tenho feito cirurgia estética das nádegas, aprendi que, devido a essa diversidade, não existe uma técnica única de lifting glúteo para solucionar todos os tipos de problemas. A escolha da técnica correta ou, eventualmente, a escolha da associação de diferentes técnicas, ou ainda a complementação de um aumento por implante pode ser a chave para se obter o que as pacientes realmente estão buscando: uma verdadeira remodelagem glútea.

Assim, tenho considerado quatro tipos básicos de lifting, segundo a localização da incisão: superior (Pascal – Le Louarn), inferior (DTA – técnica de Gonzales), lateral e medial (Butterfly).

  • lifting inferior DTA a nádegas longas, assimetria ou ptose discreta
  • lifting medial butterfly a ptoses discretas e moderadas
  • lifting lateral a flacidez trocantérica moderada
  • lifting superior a ptose glúteo-trocantérica severa
Dr. Alexandre Nunes
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