Suas dúvidas sobre a redução de mamas!

Suas dúvidas sobre a redução de mamas!
Cirurgião plástico que está sempre buscando se desenvolver como profissional e ser humano, sendo um eterno estudante no seu ramo: Dr. Ricardo Votto (CRM/SC 16748 - RQE 16364)
Criação: 31 out 2018 · Atualização: 31 out 2018

A Redução de Mamas é um dos procedimentos mais realizados hoje em dia por mulheres de todo o mundo e também do Brasil. Nesse sentido, há muitas dúvidas sobre esse procedimento, e o doutor Ricardo Votto explicou algumas dúvidas mais frequentes de mulheres que querem ou já realizaram o procedimento.

  • Doutor, se uma mulher deseja engravidar e realizar o procedimento de redução de mama ela deve esperar? E caso espere, quanto tempo depois ela pode fazer o procedimento?

"A gestação, por causar inúmeras alterações no corpo da mulher, geralmente acaba sendo o maior motivo da procura de um cirurgião plástico por uma mulher jovem. Dentre os procedimentos procurados estão a lipoaspiração, a abdominoplastia e as cirurgias da mama, tanto a redução de mamas quanto a mastopexia (lifting das mamas).

Durante a consulta pré-operatória, sempre procuramos perguntar a respeito do desejo de engravidar num futuro próximo. Caso a resposta seja sim, costumamos orientar que primeiro a paciente engravide, assim seu corpo sofrerá as alterações comuns a gestação e, depois, planejamos a cirurgia da mama. Optamos por essa conduta, uma vez que durante a gestação, com o aumento das glândulas mamárias para a produção de leite, a mama cresce, a pele estica e, após isso, com o término da lactação, é comum haver flacidez de pele e diminuição da consistência das mamas.

Caso a paciente já tenha realizado a mamoplastia e opte por engravidar, minha recomendação é que aguarde, pelo menos, 6 meses para que tenhamos tempo para uma cicatrização segura da cirurgia prévia."

  • É possível que durante o processo sofrer algum trauma que impossibilite a amamentação?

"Sim, a cirurgia de redução de mamas pode alterar e até mesmo impedir a amamentação futuramente. Mamas muito grandes (gigantomastias) que necessitam de ressecção de grande volume são mais propensas a este tipo de acontecimento. Mas não é motivo para pânico, pois uma grande parcela das mulheres amamenta normalmente após uma redução das mamas."

  • Quais são os cuidados de pré e pós-operatório para a redução de mama?

"Os cuidados pré-operatórios são os mesmos de qualquer cirurgia de médio porte. É fundamental uma avaliação clínica minuciosa, com investigação do histórico pessoal e familiar de patologias gerais (hipertensão, diabetes, etc), de história de câncer de mama e outros tumores ginecológicos, além de relato de alergias e uso de medicações.

Além disso, um exame físico criterioso e alguns exames complementares, conforme a indicação. Exames de imagem, como mamografia e ultrassom das mamas são solicitados de acordo com recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia, levando em consideração a idade da paciente e sua história familiar.

Devemos sempre nos cercar de todos os cuidados para reduzirmos ao máximo qualquer chance de complicação.

Pacientes fumantes são orientadas a parar de fumar por pelo menos 30 dias, pois sabemos que o tabagismo aumenta de forma assustadora os riscos de complicações graves, como necrose, infecção, trombose venosa e embolia pulmonar.

Todas as pacientes devem passar por uma consulta pré-anestésica também. Assim, o anestesiologista revisa todos os fatores de risco e se prepara para uma anestesia segura."

  • Quando se faz necessário a colocação de prótese também?

"A utilização de próteses de silicone está indicada em pacientes que desejam aumento do volume (mamoplastia de aumento, mastopexia com próteses) e/ou mamas com consistência mais firme."

  • Quais são as técnicas utilizadas durante o processo?

"Existem centenas de técnicas descritas para redução de mamas. Cada uma apresenta suas indicações precisas e não há uma técnica que resolva todos os casos. É preciso que a decisão seja individualizada de acordo com as características da paciente e com a experiência do cirurgião plástico.

A técnica mais utilizada em nosso meio é a descrita pelo professor Ivo Pitanguy e suas variantes. Do ponto de vista de cicatrizes, nesta técnica a paciente apresentará uma cicatriz que chamamos de “T invertido”, ou seja, uma cicatriz ao redor da aréola, uma vertical e uma ao longo do sulco mamário."

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