Crioterapia x criolipólise: conheça as diferenças dos tratamentos

Crioterapia x criolipólise: conheça as diferenças dos tratamentos
Edilena Ramos
Formada em Publicidade e Propaganda, desde que me formei, sempre fui apaixonada pelas redes sociais, sou redatora há mais de 10 anos, com experiência no setor da medicina estética.
Criação: 21 mar 2016 · Atualização: 12 ago 2022
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Em meio a tantos tratamentos estéticos para remodelar o corpo, é comum ter dúvidas sobre como funciona cada técnica e mesmo confundir um procedimento com outro. É o que costuma passar com a crioterapia e a criolipólise.

Os dois tratamentos têm nomes parecidos, servem também para eliminar os pneuzinhos e utilizam o frio como ativo principal. Porém, existem diferenças importantes e significativas entre essas duas técnicas. Se você quer saber mais sobre esses procedimentos e ter mais informações de como distingui-los, fique atenta a este artigo e siga a leitura!

Crioterapia

O tratamento consiste na aplicação de cremes, que tem em sua composição cânfora ou mentol, e na realização de uma massagem redutora, normalmente manual e bem específica. A área trabalhada é enfaixada depois desta massagem, para que as baixas temperaturas causadas pelos cremes, entre 0º C e 2º C, continuem agindo por mais tempo. Após cada sessão, os cremes continuam ativos por cerca de duas horas, por isso a única recomendação é não tomar banho e não suar neste período, para que seus efeitos sejam potencializados e mais bem aproveitados pelo corpo.

O resfriamento provocado por esses produtos, em conjunto com a massagem, promove a queima do excesso de gordura localizado no abdômen, coxas, braços e costas, tratando das celulites e diminuindo medidas. Além disso, os resfriamentos combatem a flacidez, pois provocam efeitos fisiológicos de contração, melhorando o tônus muscular e fortalecendo a região tratada.

Tratamento corporal

O tratamento dura cerca de 30 minutos (cada sessão) e podem ser necessárias 10 sessões ao todo, com intervalos entre elas. Recomenda-se dois ou três encontros por semana, no máximo.

Os riscos do tratamento estão relacionados a alergias aos produtos utilizados (cremes e géis, bandagem e enfaixamento) e ao aparecimento de hematomas, caso a massagem não seja realizada corretamente.

Este tratamento requer manutenção periódica e precisa estar aliado à algumas mudanças de hábito, como alimentação saudável, prática de exercícios físicos frequentes, parar de fumar, evitar bebidas alcoólicas etc. Tudo isso para ter efeitos mais duradouros e aumentar os intervalos entre o tratamento inicial e seus reforços.

Não há contraindicação quanto ao local do corpo a ser realizada a crioterapia, ou seja, ela pode ser realizada em qualquer região que tenha problemas com o excesso de gordura. Mas atenção: ela (a crioterapia) não serve para tratar sobrepeso ou obesidade, apenas a gordura localizada. Esse é um dos principais motivos pelo qual este tratamento só pode ser promovido por um esteticista especializado ou por um médico credenciado.

Criolipólise

Sabemos que a criolipólise também tem função terapêutica (trata inflamações, problemas de circulação, luxações musculares, feridas de difíceis cicatrizações etc.). Mas hoje, falaremos exclusivamente de seus benefícios estéticos.

O tratamento é realizado por um aparelho que “suga” a região do corpo a ser trabalhada e, durante essa sucção, congela as células de gordura a uma temperatura aproximada de -7º C. A técnica se aproveita da sensibilidade da gordura à baixas temperaturas e as submetem ao resfriamento máximo e seguramente permitido. Dessa forma, as partículas de gordura são quebradas e eliminadas pelo organismo através do sistema linfático, resultando em uma perda de até 3 cm de medida corpórea e na retirada de até 44% da gordura localizada, por sessão finalizada.

Redução de gordura localizada

Podem ser indicadas até 3 sessões por região que for ser tratada. Entre essas sessões, é sempre necessário um intervalo de 1 mês. Após as sessões iniciais, deve-se esperar cerca de 90 dias para ver o resultado e determinar se vale a pena fazer ou não outras aplicações. A única recomendação pós procedimento é, se o paciente quiser potencializar os seus efeitos, usar cintas modeladoras, e só.

Ao contrário da crioterapia, que praticamente não apresenta riscos, a criolipólise requer cuidados especiais na hora da escolha de onde e com quem fazer. Como o tratamento é realizado com baixíssimas temperaturas, é obrigatório que seja executado por um especialista com registro ativo no Conselho Federal de Medicina (CFM), com estrutura básica e acompanhamento técnico. Todas essas exigências são amparadas por leis de proteção ao paciente e devem ser seguidas à risca e sem exceções. É fundamental também que o aparelho utilizado tenha registro da Anvisa e que não trabalhe com temperaturas inferiores à ideal e permitida, de -7º C.

Os riscos da criolipólise envolvem queimaduras de até terceiro grau e necrose da pele, provocadas pelas baixas temperaturas quando o aparelho não está calibrado ou regulado corretamente. Por isso é importante conhecer a técnica, conhecer a clínica, o médico que aplicará o procedimento e buscar referências de outras pessoas que já realizaram este tratamento de eliminação de gordura. Quanto mais segurança, melhor.

Contraindicações

Há também alguns alertas e nunca devemos ignorá-los. Tanto na crioterapia como na criolipólise, há contraindicações e elas giram em torno do perfil do paciente. Existem alguns grupos de pessoas que precisam ter mais atenção ou que não devem ter este tratamento como primeira ou única alternativa para fins estéticos.

Por se tratarem de técnicas que usam resfriamento, elas não são indicadas, por exemplo, para pacientes com doenças de pele associadas ao frio (urticária ao frio, fenômeno de Raynaud’s), muito menos por pessoas que possuem hérnias, sofrem com a psoríase, tem algum tipo de infecções cutânea ou passaram por alguma cirurgia recentemente. Também precisam de atenção redobrada pessoas que possuam problemas cardíacos ou estejam em qualquer fase gestacional.

Tudo dependerá do grau dessas enfermidades e de cada paciente, bem como da avaliação do profissional quanto aos riscos, reais necessidades e dos objetivos da crioterapia ou da criolipólise nesses indivíduos. Mais um motivo para sempre recorrer a um profissional de confiança e devidamente respaldado para executar a técnica escolhida com total segurança.

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