Tire suas dúvidas sobre a mastectomia masculinizadora

Tire suas dúvidas sobre a mastectomia masculinizadora
Profissional que trabalha no ramo de cirurgia plástica há várias décadas, com muito amor e comprometimento: Dr. João Luyz E Martins, CRM 12536
Criação: 13 mai 2019 · Atualização: 12 nov 2020

A remoção do excesso de tecido mamário nos pacientes transexuais pode adequar a forma do seu tórax aos seus anseios, tornando-os mais masculinos  e afastando um dos principais vínculos com a feminilidade: seios femininos. Por isso, a mastectomia ou mamoplastia masculinizadora pode ser uma solução para assumir finalmente os resultados tão esperados com ir a praia ou piscina somente de short, etc.

A disforia de gênero é, hoje, muito mais conhecida e aceita do que até poucas décadas atrás. A sociedade está cada vez mais consciente de que nem todos se identificam com o sexo que lhes é atribuído ao nascer e, portanto, têm o direito de mudá-lo. A mudança de sexo é um processo muito delicado que não pode ser realizado do dia para a noite. 

Os pacientes precisam ser diagnosticados com disforia de gênero persistente para poder começar a tomar hormônios e posteriormente ter acesso a uma cirurgia que altere os atributos físicos que os caracterizam como mulher para os de homem, ou vice-versa. Uma das operações consiste na retirada dos seios no caso de mulheres cujo sexo não corresponda à sua identidade de gênero. Este procedimento é denominado mastectomia bilateral ou mastectomia masculinizadora.

O QUE É MASTECTOMIA?

Essa intervenção também é realizada em alguns casos de câncer de mama, e mesmo preventivamente, se houver alto risco de sofrer dessa doença. Embora nessas ocasiões, após a retirada do tecido mamário acometido pelo tumor, seja feita uma reconstrução mamária. Aqui, vamos nos concentrar na intervenção realizada em um processo de mudança de sexo

Para quem tem os atributos físicos de uma mulher, mas se sente identificado com o gênero masculino, os seios representam um problema sério, por isso é comum entrar na faca. A mastectomia é a intervenção cirúrgica responsável por reduzir o tamanho das mamas e tornar os peitorais mais masculinos. A intervenção pode ser dividida em duas partes: primeiro, é feita a extração do tecido mamário. A gordura que molda o seio é removida para tornar a área plana. 

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Na maioria dos casos, remover o tecido mamário não é suficiente para fazer com que a mama se pareça com a de um homem. Por esse motivo, a segunda parte da intervenção costuma envolver a introdução de próteses que ajudam a modelar o tórax da maneira mais semelhante possível à mama masculina, tornando a área peitoral maior e mais ampla. 

Esta é uma cirurgia radical, definitiva e dificilmente revertida, por isso é necessário que o paciente esteja preparado e muito ciente do que irá realizar. Assim, uma avaliação psicológica pode ser importante e fundamental pra que o cirurgião plástico indique o procedimento. Também será necessário assinar um termo de consentimento a ser fornecido na consulta.

Existem várias técnicas indicadas para cada caso que devem ser apresentadas durante a consulta médica e entendidas pelo paciente para que este faça um a melhor escolha. Para aclarar as dúvidas mais perguntadas no consultório, o especialista Dr. João Luyz E Martins respondeu às questões abaixo:

PERGUNTAS FREQUENTES

  • Quais são os riscos da Mastectomia Masculinizadora?

Os riscos são equivalentes a qualquer outra tipo de cirurgia mamária. Quando o paciente se encontra em condições adequadas, o índice de morbidade é bem baixo. As complicações são pertinentes a qualquer procedimento cirúrgico com índices muito semelhantes, são elas: hematomas, ecmoses, infecções, cicatrizes e alterações de sensibilidade nas áreas tratadas, mas estes índices são muito baixos.

  • Quais são os tipos de anestesia?

São elas: Bloqueio peridural (semelhante ao que é feito para o parto) e sedação venosa. Somente em casos muito específicos é aplicada anestesia geral.

  • É preciso usar dreno?

Não utilizamos drenos, somente em casos especialíssimos. Nas útimas 118 cirurgias, houve somente 1 caso (menos de 1%).

  • Quando posso voltar às atividades após a cirurgia?

É necessária 1 semana de repouso e mais 1 semana retomando lentamente suas atividades. A indicação é dirigir somente a partir de 15 dias e realizar exercícios físicos e atividades profissionais mais pesadas a partir de 35 dias.

  • O tamanho da aréola muda?

Normalmente, se aplica a técnica de enxerto areolar, que deixa o tórax com aspecto mais masculino.

  • É preciso usar modelador ou faixa cirúrgica?

Sim. O paciente deverá utilizar um colete cirúrgico ou faixa no período de 30 dias a três meses.

Deve-se levar em conta que o processo de cura é sempre mais longo do que parece. No início, é normal que a área onde a incisão foi feita esteja vermelha e até um pouco inchada, mesmo que esteja completamente curada. É um processo completamente natural. Desta forma, se não houver problemas, a aparência irá melhorar com o tempo. Para que o processo de cura se desenvolva adequadamente e para que os traços da mastectomia bilateral sejam mínimos com o tempo, os especialistas recomendammanter sempre as cicatrizes bem hidratadas e tomar cuidado com exposição solar. 

Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Dr. João Luyz E Martinsjá realizou mais de 6 mil cirurgias plásticas estéticas e reparadoras em pacientes do Brasil e exterior. 

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