Por que o bypass gástrico é a cirurgia bariátrica mais realizada?
A cirurgia bariátrica vem sendo há anos uma importante alternativa no combate à obesidade. A intervenção altera a estrutura do organismo para promover mudanças com o objetivo de auxiliar na perda de peso.
Dentre as modalidades de cirurgia da obesidade, o bypass gástrico é a técnica mais realizada em todo o mundo. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, essa técnica corresponde a 75% das intervenções de obesidade realizadas no Brasil. Mas por que essa modalidade é a mais executada? Confira a resposta neste artigo!
1) Fator emagrecedor: combinação de técnicas
No bypass gástrico acontece o grampeamento do estômago, dividindo o órgão em uma parte menor com capacidade de 40ml (pouch gástrico) e uma maior que não receberá comida (estômago excluso).
Além da diminuição do volume do estômago, também é feito o desvio intestinal, ligando o "estômago pequeno" diretamente ao jejuno médio. Esse atalho faz com que a comida deixe de passar pelo duodeno e pelo jejuno proximal, responsáveis pela rápida absorção dos alimentos e, consequentemente, pela sensação de fome.
Com essa nova estrutura, o paciente passa a comer menos e a se sentir satisfeito mais rapidamente. De acordo com os especialistas, o com o bypass gástrico é possível perder cerca de 40% do peso inicial em 7 meses, quando o processo de emagrecimento é potencializado. Obviamente, é necessária uma reeducação alimentar e a prática de exercícios físicos.
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2) A cirurgia é reversível
Apesar de ser separado em duas partes, a porção maior do estômago por onde os alimentos não passam não é retirada do corpo. Essa vantagem torna a cirurgia reversível caso não haja a adaptação ou ocorra alguma complicação.
3) Menos efeitos colaterais
A passagem do alimento do estômago ao intestino não é obstruída, evitando uma série de efeitos colaterais, dentre eles, refluxo e vômito. Quando esse trânsito da comida acontece livremente, a reeducação alimentar é facilitada, já que o paciente poderá ingerir verduras, carnes e verduras, importantes para o emagrecimento saudável. Como os alimentos passam por 90% do intestino, são muito bem absorvidos pelo organismo, o que não causa diarreia.
O grampeamento do estômago e do intestino cicatriza em 30 dias e, neste período, é importante respeitar uma dieta líquida de 20ml a cada 5 ou 10 minutos para não comprometer a cicatrização. Aos poucos, os alimentos pastosos e sólidos são introduzidos à dieta.
As diferenças entre os Tratamentos de Cirurgia Bariátrica
A diferença fundamental entre a manga gástrica, bypass gástrico e o interruptor duodenal é o efeito sobre o estômago e sua atividade. O Tubo Gástrico reduz a capacidade do estômago diminuindo sua capacidade. Já o Bypass Gástrico e o Duodenal Switch, além disso, fazem com que os alimentos não sejam devidamente absorvidos.
Outra diferença é o Índice de Massa Corporal, o Tubo Gástrico é normalmente realizado em pacientes com IMC acima de 35, os outros dois tratamentos a partir de 40. De qualquer forma, será o médico especialista que determinará o melhor tratamento para cada paciente, após realizar um pequeno estudo e levando em conta as características e necessidades individuais de cada paciente.
Sobre o IMC
Como você diferencia a obesidade do excesso de peso? Para distinguir entre excesso de peso e obesidade, usaremos o Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado usando altura e peso. Podemos distinguir entre:
- IMC de 25 a 29,9 → Sobrepeso
- IMC de 30 a 34,9 → Obesidade tipo 1 (baixo risco)
- IMC de 35 a 39,9 → Obesidade tipo 2 (risco moderado)
- IMC igual ou superior a 40 → Tipo 3 (alto risco) obesidade
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