Como o bypass gástrico ajuda a emagrecer
Considerada a cirurgia bariátrica mais realizada no Brasil, o bypass gástrico pode ajudar o paciente a perder até 45% do seu peso inicial. Entenda como é realizada essa cirurgia e de que forma ela auxilia no emagrecimento.
A escolha da modalidade de cirurgia bariátrica mais adequada para cada paciente envolve diversos fatores, como idade, grau de obesidade, doenças associadas e tentativas de tratamentos anteriores. Cabe ao médico analisar essas variáveis para indicar a técnica que proporcionará melhores resultados e segurança ao paciente.
Atualmente existem quatro tipos de cirurgia bariátrica aprovadas no Brasil: banda gástrica ajustável, gastrectomia, bypass gástrico e duodenal switch. Dessas modalidades, o bypass gástrico é a técnica mais utilizada em nosso país e corresponde a 75% das intervenções realizadas, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
Como é a cirurgia de bypass gástrico?
O procedimento alia duas técnicas distintas. É feito o grampeamento do estômago, deixando o órgão com cerca de 10% de sua capacidade. Em seguida, é realizado o desvio intestinal, que consiste em cortar a parte final do intestino grampeando-a diretamente ao pequeno estômago.
Foto: Maria Martinez Dukan (Flickr)
A cirurgia cria um atalho para que a comida não passe pela maior parte do estômago e nem pela maior parte do intestino. Esse processo resulta na redução do espaço para o alimento e também o aumento na produção dos hormônios que despertam a saciedade e diminuem a fome. Além de contribuir para a menor ingestão de comida e consequente emagrecimento, a técnica ajuda no controle de doenças, como o diabetes e a hipertensão.
Apesar de ser considerado um método cirúrgico, o bypass gástrico é menos invasivo que outras cirurgias bariátricas. A intervenção é feita por videolaparoscopia e dura cerca de uma hora e meia. São realizadas quatro ou cinco pequenas incisões de 1cm no abdômen do paciente, proporcionando uma recuperação mais rápida.
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Como é o pós-operatório?
Durante a primeira semana a dieta deve ser à base de líquidos. Na segunda e terceira semanas o paciente já pode consumir alimentos cremosos. A partir da quarta semana os alimentos sólidos são introduzidos na dieta. É importante contar com o apoio de um profissional especializado para desenvolver uma dieta equilibrada nesta fase de adaptação.
O paciente pode retomar suas atividades normais depois de 10 dias da cirurgia, sendo que os exercícios intensos são liberados após o primeiro mês. A cicatrização completa ocorre em 30 dias, por isso, é fundamental que o paciente respeite as indicações médicas e o tempo de repouso para que os grampos da cirurgia não se soltem.
O acompanhamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, composta pelo cirurgião bariátrico, nutricionista e psicólogo especializado na área.
1) Quem são os candidatos para realizar o bypass gástrico?
A cirurgia de bypass gástrico, assim como outras modalidades de cirurgia bariátrica, é indicada para quem já tentou emagrecer com as técnicas convencionais, mas que não obteve sucesso. O paciente deve ter o índice de massa corpórea (IMC) acima de 40 ou acima de 30 com presença de doenças graves associadas.
2) Como o paciente perde peso com o bypass gástrico?
Nesta cirurgia são aliadas duas técnicas. A redução do estômago diminui a capacidade do órgão em receber alimentos e o desvio intestinal acelera o processo de digestão, diminuindo a absorção calórica. Com isso, o paciente come menos e o alimento que é ingerido engorda menos.
4) É uma técnica segura?
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), o bypass gástrico representa cerca de 75% das cirurgias bariáticas realizadas e é a mais praticada no Brasil. Isso devido a sua eficácia e a sua segurança.
5) É possível engordar novamente depois do primeiro ano da cirurgia?
A cirurgia bariátrica deve estar atrelada a uma reeducação alimentar e à prática de exercícios físicos para que se possa alcançar o resultado esperado. O ganho de peso pode acontecer quando o paciente não adota hábitos saudáveis, não mantém uma dieta menos calórica e não realiza atividades físicas regularmente. Por isso, o acompanhamento multidisciplinar é fundamental.
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