Mitos e verdades sobre a calvície e tratamento
A calvície está ligada a problemas emocionais? Ou é uma condição genética? Qual é o melhor tratamento? Os remédios para combater a calvície podem causar impotência sexual? Essas são apenas algumas das perguntas feitas por homens e mulheres que sofrem com a calvície.
Esclareça essas e outras dúvidas sobre um problema que assola as cabeças de milhões de brasileiros.
Calvície é hereditária: verdade
Antes de tudo, vamos diferenciar a calvície de queda de cabelo. A primeira é uma forma de alopecia, na qual se tem uma queda gradual e progressiva dos fios. O tipo de calvície mais comum entre os homens é a alopecia andrógena, que chega a representar 95% dos casos de calvície, segundo dados da pesquisa da American Hair Loss Association.
Já a queda de cabelo pode ser causada por diversos fatores além da genética, como por exemplo infecções no couro cabeludo, uso de produtos químicos, disfunções hormonais, anemia e até insônia.
No caso da alopécia andrógena, uma alteração genética afeta determinados folículos capilares, que ficam sensíveis a um tipo específico de hormônio, o dihidrotestosterona (DHT). Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o DHT seria um potente hormônio masculino, que atrofia o folículo piloso, levando à queda do cabelo.
Ou seja, a predisposição em desenvolver ou não este tipo de calvície está nos genes.
Stress causa queda de cabelo: verdade
A calvície pode ser intensificada devido a fatores emocionais. Quando passamos por situações muito estressantes, essas podem influenciar na liberação de hormônios que causam uma queda brusca de cabelo. É chamada de alopecia traumática e pode ser causada por estresse ou traumas profundos.
Calvície tem cura: mito
O dermatologista José Marcos Pereira, em artigo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), afirma que a calvície não tem cura, por ser uma condição hereditária. Mas é possível recorrer a tratamentos para atenuá-la, especialmente se for tratada desde o início. Segundo Pereira, os tratamentos atuais conseguem estabilizar a queda e podem até engrossar os fios de cabelo.
Existem vários tratamentos que funcionam: verdade
A efetividade, obviamente, depende de cada caso, mas os tratamentos podem ser bem-sucedidos. Para saber qual é o mais indicado para você, é preciso consultar seu médico. Os mais difundidos são:
- medicamento tópico ou via oral: funciona como vasodilatador que age sobre os receptores de hormônios como o DHT, bloqueando sua ação. É indicado para casos de calvície em estágios iniciais.
- laser ou luzes estimulantes: atuam nos folículos capilares estimulando o crescimento de novos fios.
- finasterida: bloqueia a transformação da testosterona em DHT, hormônio responsável pelo enfraquecimento e queda dos fios.
- transplante capilar: indicado quando outros tratamentos não mostram resultados. A cirurgia consiste em retirar uma porção do couro cabeludo, geralmente na parte da nuca, e aplicar fio a fio na região desejada.
Leia mais: Descubra qual é o novo tratamento da calvície
Atinge homens e mulheres: verdade
Homens e mulheres têm a mesma possibilidade de ter o gene da alopecia androgenética. No entanto, a doença se manifesta de formas diferentes em cada um. Como homens possuem mais testosterona e outros hormônios no couro cabeludo que influenciam na queda do cabelo, eles estão mais propícios a serem calvos.
Além disso, existem diferenças na forma como a calvície se desenvolve. Para homens, a queda é mais intensa e rápida e costuma se concentrar na parte da frente e topo da cabeça. Em mulheres, apresenta-se uma rarefação mais difusa.
Remédios para calvície causam impotência sexual: mito
A finasterida, um dos medicamentos mais usados para tratar a calvície, não causa disfunção erétil. O que pode acontecer em alguns casos é uma diminuição do libido. Mas uma vez suspensa a medicação, o organismo elimina a droga e, em alguns dias, a libido se normaliza.
Xampu antiqueda funciona: mito
Os produtos que prometem diminuir a perda de fios, na verdade, têm um papel secundário no combate a queda de cabelo. Esses xampus podem reduzir a oleosidade e melhorar as condições no couro cabeludo, mas não agem diretamente no crescimento dos fios.
Nem todos os pacientes que sofrem com a queda intensa de cabelo e a calvície estão preparados ou aptos para submeter-se a um transplante capilar. A boa notícia é que a tecnologia continua avançando quando o tema é tratamentos conservadores, ou seja, aqueles que não implicam cirurgia.
Descubra qual é o novo tratamento da calvície
Uma das novidades mais recentes é o iGrow Hair Growth Sistem, um equipamento que funciona com laser de baixa frequência, combinando luz vermelha a laser e luz Led diodo. De acordo com a cirurgiã plástica Dra. Marta Zollinger, CRM 9999 / RQE 2876, que já utiliza o aparelho em seu consultório, as indicações são várias:
“O tratamento vale para pacientes que não são candidatos ao transplante capilar, mulheres com cabelo fino em todo couro cabeludo, homens com perda de cabelo precoce, pacientes demasiado jovens para a indicação da cirurgia ou para aqueles quadros em que a cirurgia de transplante tem uma má expectativa de resultado. Também é indicado no pós-operatório imediato ao transplante, como forma de reduzir a perda capilar transitória e para manter e/ou aumentar os cabelos já existentes".
A especialista ressalta ainda que estudos da Sociedade Americana de Laser, publicado na Lasers in Surgery and Medicine, confirmam um aumento percentual de 39% na contagem capilar. O resultado supera a maior taxa registrada até então para o tratamento de calvície, um laser aprovado pela Food Drug Administration (FDA).
Não invasivo e sem contraindicações
O iGrow Hair Growth Sistem é um tratamento clínico não invasivo, com ampla indicação. A Dra. Marta Zollinger destaca que pode ser feito em qualquer época do ano e não há restrições quanto à idade.
“Não é cirurgia, não tem contraindicação. Tampouco demanda cuidado especial. O paciente que realiza o tratamento leva vida normal, sem remédios ou xampus especiais. O iGrow pode recuperar fios e melhorar a queda de cabelo".
O equipamento tem forma de capacete e está concebido para que o laser atinja diretamente todo o couro cabeludo: tanto a área calva como onde há cabelo. A duração mínima desse tratamento é de quatro a seis meses, sendo que os resultados somente serão visíveis após esse período.
Fotos por ordem de aparição: Bykst (Pixabay), Faungg (Flickr)