6 curiosidades que você precisa saber sobre o preenchimento!
O preenchimento é um dos procedimentos mais realizados no Brasil, e frequentemente muitas dúvidas sobre o tema aparecem. O doutor Tomaz de Azevedo tirou alguns desses questionamentos para explicar mais sobre o tratamento:
1) Quais são os riscos possíveis no preenchimento?
"Existem vários tipos de preenchedores, cada um deles tem suas indicações e técnicas especificas de uso. Os riscos decorrentes de seu uso estão diretamente relacionados ao tipo de produto utilizado. A grosso modo nódulos no local de injeção, reações inflamatórias, assimetrias, e em casos mais graves necrose local por embolia dos vasos. O uso de determinados produtos e contraindicado em determinadas áreas, como por exemplo o PMMA não deve ser injetado na região glabelar (região entre as sobrancelhas), pois tem alto risco de embolização de artéria retiniana e consequente cegueira. A escolha do produto adequado, e seu uso por médicos habilitados, minimiza os riscos e permite obter excelentes resultados."
2) Quais são as queixas das pacientes que buscam os tratamentos?
"As queixas estão relacionadas ao envelhecimento, seja ele precoce ou natural, e eventualmente assimetrias, depressões adquiridas, como cicatrizes, etc."
3) Há algum cuidado no pós-operatório que é fundamental para ter um bom resultado?
"Os cuidados variam de acordo com o produto usado, e a área tratada. mas de uma forma são não dormir com o local apoiado no travesseiro, uso de analgésicos se necessário, gelo, não fazer esforços físicos nas primeiras 24 horas, e cuidados com esportes de impacto como lutas. são comuns. O melhor e seguir as orientações de seu médico para o produto."
4) É um processo permanente? Ou é necessário fazer o procedimento mais vezes?
"Existem produtos considerados permanentes como o PMMA e não permanentes como o ácido hialurônico, PLA, Hidroxiapatita de cálcio, etc. O uso de produtos permanentes tem sido cada vez menor e menos indicado, pois a pele do paciente continua seu envelhecimento e a médio prazo a presença de produtos no local pode gerar reações de corpo estranho e deformidades que podem ser de difícil tratamento, levando até a necessidade de retirada cirúrgica, com consequentes cicatrizes. Os produtos não permanentes a meu ver são os mais indicados e devem ser reaplicados em intervalos que podem variar de meses a anos, Estes intervalos são definidos pelos fabricantes, e são dados em média podendo variar de paciente para paciente."
5) Quais são as técnicas para o preenchimento?
"As técnicas variam de acordo com o produto a ser utilizado, podem necessitar de anestesia , geralmente local, ou não, alguns produtos são injetados no nível da derme, outros devem ser colocados na gordura subcutânea, e alguns em nível supra periosteal (próximo ao osso),podendo ser feitos com agulha diretamente ou com micro cânulas especiais."
6) Qual a principal característica de uma pessoa que pode fazer um preenchimento? E quando não é aconselhado?
"De um modo geral são paciente que já entraram na meia idade e apresentam sinais iniciais de envelhecimento cutâneo, decorrentes de exposição ao Sol, cigarro, idade etc., Paciente insatisfeitos com alguma área da face. Os preenchedores possuem uma gama enorme de indicações e podem levar a melhora de autoestima e satisfação do paciente na grande maioria dos casos, mas, não são indicados para preenchimento de grandes áreas como glúteos por exemplo, Pacientes com envelhecimento muito acentuado e rugas excessivamente marcadas, grande flacidez, e das estruturas de sustentação da face podem não se beneficiar do tratamento, O paciente tem de ter em mente que podem ser necessários outros tratamentos adjuvantes como toxina botulínica, fios de sustentação e eventualmente cirurgias como lifting de face para resultados satisfatórios, portanto e necessário avaliação previa com médicos capacitados e que possam indicar todos estes procedimentos. O uso de preenchedores como única forma de tratamento pode levar a resultados pífios e insatisfatórios."
Para mais dúvidas, estamos à disposição. Sempre busque a ajuda de um profissional que faça parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.