Confira os tratamentos para cicatrizes hipertróficas

Confira os tratamentos para cicatrizes hipertróficas
Edilena Ramos
Formada em Publicidade e Propaganda, desde que me formei, sempre fui apaixonada pelas redes sociais, sou redatora há mais de 10 anos, com experiência no setor da medicina estética.
Criação: 28 ago 2017 · Atualização: 21 set 2022
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Frequentemente confundidas com queloides, as cicatrizes hipertróficas são provocada pela alteração do processo de cicatrização. No entanto, esse tipo de marca pode ter uma regressão espontânea, que é acelerada por meio de tratamentos estéticos adequados.

A cicatriz hipertrófica é sobressalente em relação à pele que a rodeia, razão pela qual costuma resultar em um desconforto estético. Apesar de não ser queloide, igualmente corre o risco de sofrer mais com riscos de infecções do que cicatrizes normais.

A medicina estética atual torna possível a diminuição da aparência das cicatrizes hipertróficas. Isso através da redução do relevo e da melhora do aspecto. Em alguns casos, até mesmo a eliminação é possível por meio de tratamentos de correção de lesões cutâneas.

O que são as cicatrizes hipertróficas?

As cicatrizes hipertróficas podem ocorrer por causa de um tratamento inadequado com as lesões. As marcas são provocadas por um excesso de produção de colágeno da pele, gerado pela tração mecânica que sofre a derme quando se cura. São percebidas com facilidade, como se fossem um cordão em relevo, que pode causar coceira e dor. Costumam se manifestar a partir da segunda semana de cura da ferida e podem retroceder espontaneamente graças a tratamentos aceleradores tópicos ou cirúrgicos.

Com frequência as pessoas que sofrem cicatrizes hipertróficas tendem a confundi-las com queloides, ainda que apresentem diferenças bem marcadas. Os queloides são mais extensos, invasivos e, em alguns casos, causam mais desconforto. Já as cicatrizes hipertróficas normalmente não são de grande extensão (não passam dos limites da ferida). Os queloides não retrocedem e são mais difíceis de serem eliminados. Além disso, apresentam um alto risco de reaparição, inclusive depois de um processo cirúrgico de eliminação.

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Como eliminar as cicatrizes hipertróficas?

As cicatrizes hipertróficas podem ser tratadas através de procedimentos tópicos ou cirúrgicos. A melhor maneira para saber é por meio de uma avaliação com um dermatologista, que recomendará o tratamento mais adequado. Em todo caso, sempre é aconselhado que se espere pelo menos 1 ano desde a cura da lesão. Isso porque a cicatriz, sobretudo nos 3 primeiros meses, pode mudar bastante. Se trate de hipertrofia ou não, toda a cicatriz precisa de cuidados para que não fuja do controle.

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Entre os tratamentos tópicos e cirúrgicos mais utilizados para as cicatrizes hipertróficas estão os seguintes:

  • Produtos tópicos: entre eles, os mais usados são os géis de as tiras de silicone, e a vitamina E. Os produtos de silicone estão entre os primeiros métodos receitados para a melhora das cicatrizes hipertróficas. Seu uso melhora substancialmente a aparência das lesões, não gera efeitos colaterais, e a aplicação é bastante simples. Com respeito à vitamina E, se trata de uma maneira natural de cuidar da cicatriz. Costuma estar disponível por meio de géis, óleos ou cápsulas, e deve ser aplicado sobre a lesão quando já higienizada;
  • Injeções de corticoides de forma intralesional: consiste na aplicação de injeções de corticoides dentro da poria cicatriz. É um dos tratamentos mais habituais para a correção desse tipo de lesão dérmica. Tem como objetivo de desacelerar a excessiva produção de colágeno de fibroblastos, assim como controlar a oxigenação da cicatriz. Além disso, reduz o volume. Entre os riscos do tratamento estão a possível alteração da pigmentação cutânea, a qual tende a aclarar-se. Ainda pode ocorrer a atrofia e a aparição de telangiectasias;
  • Injeções de 5-fluorouracil: a substância costuma ser utilizada majoritariamente para o tratamento do câncer, mas alguns especialistas também a usam para cuidar das cicatrizes hipertróficas. Se trata de um medicamento que impede a formação do DNA, o que significa a desaceleração da duplicação celular e a melhora da cicatriz, a qual reduz de volume e fica mais plana. O tratamento com 5-fluorouracil ocorre por meio de injeções semanais ou quinzenais durante 3 meses e pode ser combinado com outras técnicas, como com as injeções de corticoides (com destaque para os resultados conseguidos com a triamcinolona), ou ainda com o laser pulsado. Entre os efeitos adversos do tratamento estão uma possível queimação, dor, escurecimento da pele, entre outros.
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  • Dermoabrasão: se trata de uma intervenção cirúrgica, a qual ocorre por meio de anestesia local. O procedimento reduz e suaviza a cicatriz mediante o alisamento da pele. Com o tratamento se consegue reduzir o volume da lesão, mas, como no caso da maioria dos tratamentos destacados, a dermoabrasão não faz com que a marca desapareça completamente. O que ocorre é uma dissimulação. Entre as reações adversas do tratamento podem ser destacadas o escurecimento da pele, a vermelhidão cutânea, dor, infecção, entre outros;
  • Tratamento com laser: são 3 os tipos de laser utilizados para o tratamento das cicatrizes hipertróficas: o laser de laser pulsado de contraste (PDL), o laser fracionado ablativo, e o laser fracionado não ablativo. Entre eles, os mais usados são o Dye Laser, ou Laser KTP. O objetivo da aplicação é melhorar o volume, a elasticidade, e a cor da cicatriz, assim como os vasos sanguíneos e linfáticos da lesão. Ainda favorece a produção do colágeno de tipo III. Apesar de ser um tratamento seguro, podem ocorrer efeitos colaterais, como o escurecimento da pele, e a aparição de pequenos pontos vermelhos, ou ainda de manchas;
  • Crioterapia: a crioterapia é um tratamento intralesional, como no caso das injeções. Isso porque ocorre por meio de agulhas que aplicam frio na cicatriz. A principal vantagem da técnica é que reduz o tamanho e a grossura da lesão, o que faz com que se melhore o aspecto estético. Entre os efeitos secundários se podem destacar o escurecimento da pele, edemas, e dor;
  • Eliminação completa mediante cirurgia: através da incisão intralesional, que ocorre em caso de queloides, se evita o risco de reaparição da cicatriz hipertrófica. Isso porque a abscisão é completa;

Para obter resultados satisfatórios, é fundamental que o médico examine profundamente a cicatriz hipertrófica, assim como avalie o histórico do paciente. Assim será possível a escolha do procedimento mais adequado para que haja a melhoria da aparência estética da lesão.

Dra. Mariana Fernandes Zalli
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