5 dicas para se alimentar bem com o balão intragástrico
O balão intragástrico é um grande aliado para quem precisa combater a obesidade e não quer se submeter a uma intervenção mais invasiva. Por ser temporário, esta alternativa também pode servir como um tratamento auxiliar para aqueles que necessitam perder peso antes de realizar uma cirurgia bariátrica.
Seja qual for o motivo do uso do balão intragástrico, ao optar e realizar este tratamento, o paciente precisa criar a consciência de que será necessária uma mudança nos hábitos alimentares. Adotar esta postura é fundamental para conseguir os resultados desejados de maneira saudável e mais permanentes.
Para isso, preparamos este artigo com dicas para facilitar essa nova jornada e ressaltar a importância da sua reeducação alimentar para fazer do seu tratamento uma escolha de sucesso. Confira!
1) Respeitar os intervalos entre as refeições e as porções
A redução de peso exige comprometimento e cuidados e, por isso, é importante seguir todas as recomendações passadas pelo nutricionista e médicos que te acompanham neste processo. Mesmo antes da colocação do balão, existem muitas orientações e, uma delas, é com relação ao tamanho das porções alimentares e os intervalos entre as refeições.
Se acostumar com este importante hábito o quanto antes, garante mais preparo psicológico pós inserção do balão. Desta forma, sua mente já estará mais condicionada a aceitar porções menores de comida e a reeducação acontecerá mais naturalmente.
Além disso, quando você já estiver com o balão intragástrico em seu organismo, é estabelecida uma dieta diferenciada, iniciando com a ingestão apenas de líquidos e aos poucos alimentos pastosos e sólidos. O “truque” está na forma da ingestão: elas são feitas em pequenas quantidades e mais vezes ao dia. Isso faz acelerar o metabolismo e também diminuir qualquer possibilidade de desconforto, já que o estômago não comportará a mesma quantidade de comida que antes, quando estava sem o balão.
2) Mastigar bem os alimentos
É preciso mastigar muito bem os alimentos, mesmo ainda na fase pastosa da dieta. O movimento da mastigação não serve apenas para quebrar os alimentos e facilitar seu processamento quando chegar no estômago. Manter o alimento por um tempo na boca, também contribui com a digestão, já que na saliva encontramos enzimas que auxiliam nessa função. Ou seja, ao contrário do que muitos pensam, a digestão começa ainda na boca, e por isso devemos e podemos aproveitar essa atividade do nosso organismo a nosso favor.
O ideal é mastigar cerca de 30 vezes os alimentos antes de engolir, com intervalos de 20 segundos entre cada "garfada". Comer de forma mais tranquila e pausada faz com que o organismo tenha tempo suficiente de “informar” ao cérebro a sensação de saciedade.
É simples: comendo sem pressa, sem ansiedade, acabamos comendo menos do que o habitual. O corpo percebe todas as quantidades de alimentos que chegam ao estômago e intestino de forma mais tranquila e plena, e tem tempo para sinalizar-nos de que já comemos o suficiente.
3) Identificar os alimentos que causam desconforto
Com a colocação do balão intragástrico a ingestão de certos alimentos pode gerar desconfortos e intolerâncias, como náuseas, sensação de queimação ou “má digestão” e até vômitos. Normalmente, esse mal-estar é provocado por comidas que possuem gordura saturada ou açúcares em grandes quantidades, como frituras e guloseimas, por exemplo. Também devemos ter atenção aos alimentos fibrosos, já que sua digestão exige um pouco mais de trabalho por parte do estômago. Prefira sempre alimentos mais leves e, assim que permitido, diversifique a sua dieta.
Ao sinal de qualquer incômodo ou problemas de aceitação alimentar, suspenda a ingestão dessa comida e restrinja seu cardápio até segunda ordem. Não esqueça de sinalizar seu médico e/ou nutricionista e seguir à risca os conselhos destes profissionais. Essa comunicação é importante para começar a “perceber” seu novo trato digestivo e não sofrer com isso.
Leia mais: Balão intragástrico no tratamento da obesidade
4) Beber muito líquido
Além de diminuir a sensação de fome, beber líquidos, principalmente água, ajuda a hidratar o corpo e faz bem! Essa hidratação é importante para ajudar na digestão e para que o intestino funcione de maneira correta. Ela deve ser feita durante todo o dia e aos poucos.
Para aqueles que não são adeptos à água, os chás e sucos podem ser uma opção, mas lembre-se de evitar as versões com açúcar ou as bebidas gasosas (refrigerantes, água com gás e derivados).
E, importante, o consumo de líquidos não deve acompanhar a ingestão de alimentos sólidos. Tente perder este hábito antes mesmo da inclusão do balão, desta forma a adaptação será mais fácil.
5) Não comer por stress ou ansiedade
Um dos maiores motivos para desencadear a obesidade ou aumento de peso é comer sob efeitos da ansiedade ou do stress. Por isso, para qualquer tratamento de perda de peso é aconselhável um acompanhamento psicológico junto.
Comer não deve ser uma alternativa para descontar o stress ou a ansiedade. Se você observar que está ingerindo maior quantidade de alimentos ou "beliscando" durante todo o dia por algum desses motivos, vale buscar outra opção para descarregar a energia, como a prática de atividades físicas, por exemplo.
Colocar o balão intragástrico é muito mais do que “diminuir o espaço do seu estômago” e “controlar a ingestão do alimento”. É se reeducar, se readaptar ao mundo do “comer só o suficiente”. Por isso o trabalho é composto por vários profissionais, cada um com sua missão, que se reúnem para traçar um plano pré / durante e pós-tratamento.
Lembramos também que é possível ter um resultado “eterno” com esta alternativa, basta que os cuidados com a alimentação e o acompanhamento nutricional se mantenham, e que os exercícios físicos sejam parte da sua rotina de saúde e nova vida.
Quer conhecer a experiência real de quem já colocou o balão intragástrico? Não deixe de visitar nossa comunidade clicando aqui e aproveite para contar também a sua história.