Depressão pós-cirurgia plástica: é possível evitá-la?

Depressão pós-cirurgia plástica: é possível evitá-la?
Formada em Publicidade e Propaganda, desde que me formei, sempre fui apaixonada pelas redes sociais, sou redatora há mais de 10 anos, com experiência no setor da medicina estética.
Criação: 10 set 2017 · Atualização: 24 mai 2022
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O tema é praticamente um tabu, sobretudo quando se fala de cirurgia estética. Isso justamente por se tratar de uma área na qual todas as intervenções e tratamentos têm como objetivo melhorar a aparência e a saúde da pessoa.

No entanto, a possibilidade de depressão após uma cirurgia plástica também existe. Por isso, deve ser levada em consideração na hora de se tomar a decisão por alguma intervenção.

A depressão pós-operatória é um estado emocional que o paciente pode desencadear depois de passar uma cirurgia. Se trata de um estado de tristeza profunda e apatia. Na maioria dos casos, entretanto, o sentimento somente dura por alguns dias, ainda que possa ser estender por semanas. Tudo depende do grau de satisfação com o resultado, e ainda de como ocorre a recuperação da pessoa. Como se pode imaginar, a depressão pós-operatória pode aparecer em qualquer tipo de intervenção cirúrgica, inclusive a estética.

As causas da depressão pós-operatória estética

Como explicam profissionais da área, vários são os motivos que podem ocasionar a depressão pós-operatória estética. Por um lado, o fator mais evidente parece ser o possível descontentamento com os resultados finais. Quando a expectativa não é alcançada, muitas pessoas acabam se deparando com momentos de profunda tristeza.

Já em outras ocasiões, a depressão pós-operatória também pode ser desencadeada pela espera necessária para que os resultados finalmente apareçam de maneira definitiva. Ou seja, muitas operações estéticas não oferecem mudanças imediatas, ao contrário. A espera pode levar dias, semanas, ou, até mesmo, meses.

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A demora tende a influenciar no desenvolvimento de sentimentos como ansiedade, angústia, e tristeza. A dificuldade em entender a necessidade de se aguardar pode dar origem a uma possível depressão.

Em outras situações, a depressão pós-operatória pode estar associada às dores, às drenagens, e aos desconfortos ligados ao processo de recuperação. Depois da operação, o paciente normalmente quer voltar ao seu ritmo normal de vida. Porém, apesar de ter sido informado sobre tudo que implica a recuperação, pode sentir depressão ao se deparar diante da necessidade de seguir certas recomendações, de fazer uso de medicamentos, de evitar movimentos bruscos, de conviver com dores e inchaço, por exemplo.

Reações adversas ou efeitos colaterais também tendem a influenciar o desenvolvimento da depressão pós-operatória. O inchaço que uma operação provoca, principalmente no rosto, por exemplo, pode gerar momentos de agonia e de tristeza, já que se trata de algo que dificilmente se pode esconder.

A aparição da depressão pós-operatória ainda pode ser comum diante de mudanças hormonais produzidas com a cirurgia. O nervosismo e a pressão vividos durante os dias prévios à intervenção podem provocar uma queda posterior dos níveis de cortisol (um hormônio liberado com o stress), o que ocasiona a sensação de tristeza e apatia.

Do mesmo modo, a situação pessoal do paciente pode igualmente influenciar em seu estado de ânimo. A depressão pós-operatória estética é comum em mulheres com crianças pequenas, assim como em pacientes que passam por uma cirurgia sem o respaldo de familiares diante de uma situação considerada importante.

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Como evitar a depressão pós-operatória

Levando em consideração os fatores destacados anteriormente, queremos apontar alguns conselhos que ajudam a reduzir (e inclusive a evitar) a depressão que está associada ao processo pós-operatório.

  • Refletir sobre o passo que se quer dar: é fundamental que o paciente esteja seguro sobre a decisão de passar por uma cirurgia, sobre a vontade mudar algo na aparência estética. Por isso, é importante que converse com o cirurgião sobre a mudança ocasionada pela intervenção, perguntando tudo o que julgar necessário. Caso se encontre diante de dúvidas, talvez seja melhor esperar.
  • Solicitar informações ao profissional: em diversas situações, os efeitos adversos, assim como os resultados, não são os esperados pelo paciente. Por isso é tão importante se informar corretamente, tirando sempre as dúvidas com os médicos responsáveis, os quais têm ampla experiência na área. Quanto mais informações se tenham a respeito da operação e do processo de recuperação (nos referimos, obviamente, sobre as informações reais e fidedignas oferecidas pelos profissionais), menores serão as possibilidades de se enfrentar a depressão pós-operatória.
  • Ser realista com as expectativas depois da operação: muitas vezes, os pacientes não contam com expectativas reais. Alguns pensam que, com a operação, a mudança será radical e esperam encontrar uma pessoa completamente diferente ao se olharem no espelho. Outras desejam melhorar sem que os demais notem que houve um procedimento cirúrgico, ou sem que os resultados sejam artificiais. Ainda há os que buscam se parecer com algum famoso e se desiludem diante do resultado final. Por isso mesmo, é fundamental dialogar com o médico sobre as expectativas reais da operação e, desse modo, saber o que se pode esperar.
  • Confiar plenamente na equipe médica: é vital que o paciente tenha confiança plena na equipe médica responsável pela realização do procedimento. Também é importante que haja uma boa relação entre o paciente e o cirurgião. Isso facilita na hora de eliminar dúvidas, assim como deixa o médico mais à vontade para intervir com tranquilidade e segurança.
  • Contar com apoio durante todo o processo: contar com o apoio da família, companheiro e amigos é fundamental não somente para superar momentos de nervosismo e de ansiedade que antecedem a cirurgia, mas como também para que a recuperação ocorra de melhor forma possível. Em algumas ocasiões, o paciente passa por todo o processo sozinho e sem contar com a companhia ou apoio de pessoas próximas emocionalmente. Isso tende a ocorrer pelo fato de não ter alguém por perto, ou ainda pelo fato de não contar com o apoio da família diante da decisão de passar por um procedimento estético. Em situações assim, a inquietude própria causada pela operação pode ser responsável pela depressão.
  • Saber que cada pessoa se recupera de uma maneira diferente: cada pessoa reage de uma forma distinta diante de uma cirurgia estética e à anestesia, por exemplo. Do mesmo modo, os desconfortos, a cicatrização, e a recuperação não são os mesmos para todos os casos. É preciso que isso seja levado em consideração.

Muitas vezes é impossível não se sentir triste ou ansioso durante o pós-operatório. Porém, quando a pessoa se sente segura e bem informada, é possível que os sintomas sejam menores.

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