Laserterapia: saiba como remover uma tatuagem

Laserterapia: saiba como remover uma tatuagem
Formada em Publicidade e Propaganda, desde que me formei, sempre fui apaixonada pelas redes sociais, sou redatora há mais de 10 anos, com experiência no setor da medicina estética.
Criação: 28 jul 2014 · Atualização: 20 jan 2022
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Se você fez uma tatuagem e por algum motivo se arrependeu, não se preocupe, você não precisa carregar essa marca para sempre. Atualmente existem diversas técnicas que permitem a remoção ou o clareamento de desenhos que se tornaram inconvenientes. Como todo tratamento, cada caso deve ser analisado de forma particular, pois diversos fatores influenciam no resultado final.

De acordo com especialistas, a tinta preta é a mais fácil de ser removida, principalmente se fazemos uma comparação com os tons amarelos e verdes. Esses pigmentos coloridos são clareados de maneira considerável, porém, ao contrário do que muitos acreditam, não removidos completamente. Por isso, é importante o "quando". Se a tatuagem foi feita recentemente, seu clareamento será mais fácil, pois a pele ainda não terá absorvido completamente o pigmento.

Vale mencionar que qualquer processo de remoção deve ser feito apenas após a completa cicatrização da pele, o que normalmente acontece em um ou dois meses depois da realização do desenho. A qualidade da tinta utilizada na tatuagem também é um fator determinante para se alcançar um resultado satisfatório. Vale lembrar que é difícil para o médico determinar qual pigmento foi utilizado, já que há inúmeras opções disponíveis no mercado. Assim que, quem tem esse tipo de informação começa o processo de remoção com uma certa vantagem.

Outro ponto que deve ser ressaltado é o fato de as peles claras normalmente responderem melhor à laserterapia. Além disso, a imunidade do paciente também influencia no processo.

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Técnicas disponíveis

Com o desenvolvimento do laser para uso médico, as “técnicas cirúrgicas" passaram a ser cada vez menos utilizadas para a remoção de tatuagem. Esses procedimentos, conhecidos como dermoabrasão e excisão, consistem no “lixamento" da pele e na retirada do desenho com bisturi, fechando o ferimento com pontos. Além de mais dolorosos, implicam mais riscos, já que muitas vezes deixam cicatrizes, sendo recomendados apenas para tatuagens pequenas.

Hoje o método mais eficiente, e também menos invasivo, é a aplicação de laser, havendo no mercado opções como o Q-Switched Nd:YAG, o Q-Switched Ruby e o Spectra Laser Tonning. Com pulsos breves e de alta energia, o laser está preparado para atravessar as camadas superiores da pele, sendo absorvidos seletivamente pela tinta da tatuagem, sem danificar o pigmento natural da pele.

Durante a remoção, a tinta da tatuagem se fragmenta em partículas menores, que são eliminadas pelas novas células do corpo. O fato de a técnica a laser ser menos indolor que as anteriores não quer dizer que o tratamento não seja incômodo. A sensação pode ser comparada a respingos de gordura na pele e, como paliativo, os especialistas costumam aplicar um creme anestésico tópico para diminuir a percepção de calor e ardor.

Número de sessões

Em média são necessárias entre oito e dez sessões para a remoção de uma tatuagem, com intervalo de um mês entre uma aplicação e outra, pois a pele precisa estar completamente cicatrizada. Dentre outros fatores, a quantidade de sessões dependerá do tamanho do desenho, das cores utilizadas e da profundidade da aplicação do pigmento.

Uma sessão tem um custo médio de R$ 300, lembrando que, para a sua segurança, o procedimento deve ser realizado por um dermatologista ou cirurgião especialista na área. É indispensável uma avaliação presencial prévia antes do início do tratamento, que servirá para determinar as reais possibilidades de resultado, bem como o número de sessões necessárias.

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Efeitos colaterais, riscos e cuidados necessários

O que acontece em alguns casos ao remover uma tatuagem é uma alteração na pigmentação da pele , que nessa área pode ficar mais escura (hiperpigmentação) ou mais clara (hipopigmentação). Este último é mais provável em pessoas com pele mais escura.

Essas variações ocorrem porque o laser às vezes afeta a melanina - a substância natural que dá cor à pele - na área afetada. Mas é temporário: o problema geralmente se corrige e, de seis meses a um ano após o tratamento, desaparece.

Após cada sessão, bolhas, inchaço, coceira , pontos de sangramento ou vermelhidão da pele também podem aparecer. O especialista responsável pelo procedimento deve indicar um creme antisséptico e anti-inflamatório para aplicar nos dias seguintes, o que ajudará a evitar -ou aliviar- esses efeitos colaterais.

Em ambos os casos, as bolhas secarão em crostas, que levarão até algumas semanas para cicatrizar. É fundamental não tocá-los ou arranhá-los e, sobretudo, evitar o uso de esponjas, toalhas ásperas ou outros tecidos que possam afetar a área sensibilizada, que deve ser lavada com sabão neutro.

As possíveis consequências de não respeitar esse cuidado são mais graves: desde infecções até cicatrizes e alterações permanentes na textura da pele . É fundamental suportar esses desconfortos temporários para evitar males piores.

Além dos efeitos já citados, às vezes a área dói um pouco após a aplicação do laser. Em geral, é uma dor pouco intensa, tolerável . Se for muito incômodo, pode ser amenizado com a aplicação de frio, o que também ajuda a reduzir um possível inchaço da área afetada.

É comum, principalmente após as primeiras sessões de laser, que a imagem da tatuagem fique borrada e ampliada. Isso é normal, como consequência da pulverização acima mencionada das partículas de tinta. Este é um passo necessário para sua eliminação final .

O tratamento pode ser realizado em qualquer tipo de pele, porém, os especialistas não recomendam a aplicação do laser em gestantes, em pessoas com problemas de pele e que apresentam doenças autoimunes, pois poderiam apresentar uma reação inflamatória. Os cuidados pós-tratamento são simples, mas imprescindíveis para um resultado satisfatório:

  • aplicação de pomada antibiótica no local
  • não retirar as crostas de cicatrização
  • evitar tomar sol (por isso, os meses mais convenientes para realizar este tratamento são o outono e o inverno)

Foto: por Tobyotter, Beth Rankin e Wiros (Flickr)

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